Sammy Marks, judeu russo imigrante na África do Sul, chegou à Cidade do Cabo em meados do século dezanove. Passado uma década ele tinha realizado uma fortuna nas minas de diamantes de Kimberly.
Sammy Mark é uma figura lendária na história moderna da África do Sul. Aumentou a sua fortuna ao fundar, no Transval, a indústria de carvão Highveld. Foi também o criador da indústria de aço da África do Sul, um grande proprietário de terras e de uma famosa destilaria perto de Pretória.
Foi um dedicado marido (deixava à sua mulher o cuidado de muitas tarefas) e pai de família (mandou os seus filhos estudar em Inglaterra enquanto sofria pela saúde e bem-estar deles a quilómetros de distância). Tinha orgulho na sua ascendência judia (ao contrário de muitos dos seus compatriotas) apesar de não ser praticante exemplar.
Foi uma éminence grise na política da África do Sul com uma enorme influência sobre Paul Kruger, o presidente do Transval, e ajudou a persuadir os boers a abandonar a sua impossível luta contra a Grã-Bretanha em 1902.
(na contracapa do livro de Richard Mendelsohn)
Notas de Carlos Seruya:
Os meus Pais conheceram bem a família Marks em Johannesburg.
Na Página XIV do citado livro:
“Que coincidência a desta fotografia do ténis onde se distingue tão bem a minha querida Mãe, a primeira de pé, à esquerda ao lado da Bertha que era a mulher do Sammy.”
Mandei vir este livro, e outro para o Victor, em 1992, por ter lido um anúncio da sua publicação no New York Review of Books que assinei durante uns anos.
Na Página XII:
A Girlie Marks, a última da direita, foi grande amiga da minha Mãe. Veio a Lisboa algumas vezes, era finíssima, riquíssima e muito simpática. Nunca casou.
A Dolly, primeira da esquerda veio cá uma vez com o marido, Dr. Maisels (ou talvez fosse em Londres que os conheci?)
Ainda estivemos com ela em Johannesburg quando fomos à África do Sul, Victor/Ninita Fernandinha e eu, em Março de 1983.
Nota: A Dolly faleceu em Johannesburg em 1992.
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