Lyce Seruya – Dedicatórias

Dedicatórias

Autógrafos oferecidos a Lyce Seruya

A uma Judia adorável

Ilustríssima Senhora

Ao abrir o seu álbum, penso em si, e lembrando-me dos seus olhos divinais e da mística luz que os incendeia, cismo e sofro, sentindo-me arrastado às beiras desse abismo que a religião criou e o coração fascina; … eis a razão, minha Senhora porque me restrinjo e me defendo, fugindo de pensar, fugindo do que me atrai e afastando-me do que me encanta, …

e o destino não se revoga

Um cristão selvagem

Ilegível    

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Pela Arabia ou Palestina

Homem belo, a não ser Cristo…

Algum anjo ou querubim,

Não consta que se haja visto;

Agora – mulheres – sim!

 

E por mais que a Igreja faça

Faz-se persistir um erro!

– Deus deu – a eles desterro;

E a elas divina graça.

 

Thomaz Ribeiro

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Dizem os cultores da arte que a mais notável beleza feminina é oriunda de duas regiões do Cáucaso. Assim será.

Não contesto que sejam belas as caucasianas, as georgianas, assim como as gregas, as romanas, as andaluzes e ainda as nobres damas da lendária aristocracia inglesa.

Mas, em minha opinião, as que ostentam mais genuína e fina beleza, mais harmonia de formas e de proporções, mais nativa candura, mais pureza de sangue, são as descendentes da grande família de Israel, tão nobre como altiva, tão distinta como simpática.

Mademoiselle Lyce Seruya, a quem tenho a fortuna de conhecer desde o berço, a quem dedico afetuosa amizade, pertence a essa família, a quem a beleza de corpo inspira amor, como a da alma inspira estima.

22 de Abril de 1895

 

G. Gomes

(Gaspar Gomes)